Somos hoje 7 bilhões!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

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Dizem que antes do século 20 nenhum ser humano tinha vivido o suficiente para testemunhar a população mundial duplicar, mas hoje, há pessoas que já viram triplicar. Estamos no final de 2011, e já somos 7 bilhões de pessoas na Terra. Com a modernização da agricultura, com pesticidas, e outros tóxicos que fazem a produção aumentar o solo está ficando cada vez mais pobre e seco, os lençóis freáticos estão sendo contaminados, as geleiras estão derretendo e a nossa população aumentando cada vez mais. Estimativas acusam que chegaremos em 2050 aos 9 bilhões de habitantes. Haverá alimento para todos? Sendo que hoje cerca de 1 bilhão de pessoas passam fome no mundo! Será que  conseguiremos alcançar um equilíbrio? Há solução?
O texto a seguir de Leonardo Boff pode nos fazer enxergar uma solução para nosso crescimento em ascensão.


É possível alimentar 7 bilhões de pessoas?

04/12/2011
Já somos 7 bilhões de habitantes. Haverá alimentos suficientes para todos? Há várias respostas. Escolhemos uma do grupo Agrimonde (veja Développement et civilizations, setembro 2011), de base francesa, que estudou a situação alimentar de seis regiões críticas do planeta. O grupo de cientistas é otimista, mesmo para quando seremos 9 bilhões de habitantes em 2050. Propõe dois caminhos: o aprofundamento da conhecida revolução verde dos anos 60 do século passado e a assim chamada dupla revolução verde..
A revolução verde teve o mérito de refutar a tese de Malthus, segundo o qual ocorreria um descompasso entre o crescimento populacional, de proporções geométricas e o crescimento alimentar de proporções ariméticas, produzindo um colapso na humanidade. Comprovou que com as novas tecnologias e uma melhor utilização das areas agricultáveis e maciça aplicação de tóxicos, antes destinados à guerra e agora à agricultura, se podia produzir muito mais do que a população demandava.
Tal previsão se mostrou acertada pois houve um salto significativo na oferta de alimentos. Mas por causa da falta de equidade do sistema neoliberal e capitalista, milhões e milhões continuam em situação de fome crônica e na miséria. Vale observar que esse crescimento alimentar cobrou um custo ecológico extremmente alto: enveneraram-se os solos, contaminaram-se as águas, empobreceu-se a biodiversidade além de provocar erosão e desertificação em muitas regiões do mundo, especialmene na África.
Tudo se agravou quando os alimentos se tornaram mercadoria como outra qualquer e não como meios de vida que, por sua natureza, jamais deveriam estar sujeitos à especulação dos mercados. A mesa está posta com suficiente comida para todos mas os pobres não tem acesso a ela pela falta de recursos monetários. Continuaram famintos e em número crescente.
O sistema neoliberal imperante aposta ainda neste modelo, pois não precisa mudar de lógica, tolerando conviver, cinicamente, com milhões de famintos, considerados irrelevantes para a acumulação sem limites.
Esta solução é míope senão falsa, além de ser cruel e sem piedade. Os que ainda a defendem não tomam a sério o fato de que a Terra está, inegavelmente, à deriva e que o aquecimento global produz grande erosão de solos, destruição de safras e milhões de emigrados climáticos. Para eles, a Terra não passa de mero meio de produção e não a Casa Comum, Gaia, que deve ser cuidada.
Na verdade, quem entende de alimentos são os agricultores. Eles produzem 70% de tudo o que a humanidade consome. Por isso, devem ser ouvidos e inseridos em qualquer solução que se tomar pelo poder público, pelas corporações e pela sociedade pois se trata da sobrevivência de todos.
Dada superpopulação humana, cada pedaço de solo deve ser aproveitado mas dentro do alcance e dos limites de seu ecossistema; devem-se utilizar ou reciclar, o mais possível todos os dejetos orgânicos, economizar ao máximo energia, desenvolvendo as alternativas, favorecer a agricultura familiar, as pequenas e médias cooperativas. Por fim, tender a uma democracia alimentar na qual produtores e consumidores tomam consciência das respectivas responsabilidades, com conhecimentos e informações acerca da real situação da suportabilidade do planeta, consumindo de forma diferente, solidária, frugal e sem desperdício.
Tomando em conta tais dados, a Agrimonde propõe uma dupla revolução verde no seguinte sentido: aceita prolongar a primeria revolução verde com suas contradições ecológicas mas simultaneamente propõe uma segunda revolução verde. Esta supõe que os consumidores incorporem hábitos cotidianos diferentes dos atuais, mais conscientes dos impactos ambientais e abertos à solidariedade internacional para que o alimento seja de fato um direito acessível a todos.
Sendo otimistas, podemos dizer que esta última proposta é razoavelmente sustentável. Está sendo implementada, seminalmente, em todas as partes do mundo, através da agricultura orgânica, familiar, de pequenas e médias empresas, pela agroecologia, pelas ecovilas e outras formas mais respeitadoras da natureza. Ela é viável e talvez tenha que ser o caminho obrigatório para a humandade futura.



Link para o site de Leonardo Boff:

Tratado sobre mudanças climáticas da ONU expira - foco insano no lucro a curto prazo ameaça a sobrevivência planetária

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

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Nossos oceanos estão morrendo, nosso ar está mudando, e nossas florestas e matas estão virando desertos. Dos peixes e plantas à vida selvagem e seres humanos, estamos rapidamente matando o planeta que nos abriga. Há uma única grande causa dessa destruição do mundo natural: as mudanças climáticas. E nos próximos 3 dias temos uma chance de impedir isso de acontecer.
O tratado da ONU sobre as mudanças climáticas -- nossa melhor esperança para ação contra esse problema -- expira no ano que vem. Mas uma coalizão gananciosa de países dominados pelo petróleo e liderada pelos EUA está tentando acabar com esse tratado para sempre. É difícil de acreditar: eles estão trocando o lucro em curto prazo pela sobrevivência do nosso mundo natural.
A União Europeia, Brasil e China estão em cima do muro -- eles não são escravos das empresas de petróleo como os EUA são, mas precisam ouvir um chamado para ação massivo do povo antes de realmente liderarem financeira e politicamente a discussão para salvar o tratado da ONU. O mundo está reunido na conferência climática pelos próximos 3 dias para fazer uma grande decisão. Vamos enviar aos nossos líderes um clamor massivo para que eles se posicionem contra o petróleo e salvem o planeta -- uma equipe da Avaaz na conferência vai entregar nosso clamor diretamente:

http://www.avaaz.org/po/the_planet_is_dying/?vl

A situação está ficando desesperadora -- por todo o planeta, condições extremas do clima continuam a ultrapassar os registros, deixando milhões de pessoas nas ruas, sem comida ou abrigo. Estamos rapidamente chegando no ponto em que não haverá retorno das mudanças climáticas -- temos apenas até 2015 para começar a reduzir drasticamente nossas emissões de carbono.
Apesar dessa urgência real, o mundo falhou em se mobilizar contra a democracia dos EUA, dominada pelos combustíveis fósseis. Não contentes com a destruição das negociações de Copenhague e do Protocolo de Kyoto, agora eles estão construindo uma coalizão de destruidores de tratados climáticos para colocar o último prego no caixão das negociações internacionais na África.
Nossa única esperança de mudar esse jogo está com a Europa, Brasil e China -- eles podem fazer esse acordo se tornar realidade, mas precisam atuar juntos, e é aí que entramos. A Europa está cansada, já lutou dura e longamente a favor do clima e precisa de um apoio público. A China já concordou em metas legalmente vinculativas e é sensível com sua reputação internacional, podendo assumir essa liderança no futuro se a encorajarmos. O Brasil vai realizar a próxima Conferência da Terra no ano que vem -- e isso lhe deixa o país impaciente para preparar o mundo para o sucesso do clima. Vamos criar um clamor gigante e global para unir esses campeões do clima e criar a equipe verde dos sonhos. Assine a petição agora mesmo no site da avaaz:

http://www.avaaz.org/po/the_planet_is_dying/?vl

O foco insano no lucro em curto prazo, que motiva os países a atravancarem a ação contra a crise climática que literalmente ameaça a sobrevivência de todos nós, não pode ser tolerado. Felizmente, nosso movimento tem o poder para intervir nesse processo e demandar uma mudança de posição. Vamos nos unir e inspirar outros a fazerem o mesmo em prol de um mundo mais humano e seguro.

MOBILIZAÇÃO "DEZEMBRADA CULTURAL" EM ITAJAÍ – 10 DE DEZEMBRO

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

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Nota-se no momento evolutivo que vivemos dois fenômenos específicos que terão um efeito crucial sobre o futuro do planeta Terra e da Humanidade. O primeiro é a ascensão do capitalismo global que tem como meta elevar ao máximo a riqueza e o poder de suas elites e baseia-se no principio de que ganhar dinheiro deve ter precedência sobre todos os outros valores, com isso criam-se grandes exércitos de excluídos e gera-se um ambiente econômico, social e cultural que não apoia a vida, mas a degrada, tanto no sentido social quanto no sentido ecológico. O outro fenômeno é  a criação de comunidades sustentáveis baseadas na alfabetização ecológica, cultura e artística, compostas de redes ecológicas de fluxos de energia e matéria, a meta deste projeto é a de elevar ao máximo a sustentabilidade em todos os sentidos e o grande desafio que se apresenta neste século é o de promover a mudança do sistema de valores e chegar a um sistema compatível com a exigências da dignidade humana e da sustentabilidade ecológica.
Com esse intuito inúmeras pessoas pelo mundo hoje organizam manifestações em busca de uma democracia verdadeira e contra o corporativismo, Itajaí não podia ficar de fora e neste dia 10 acontece a dezembrada cultural que convida a população a se manifestar por maior participação dos cidadãos em decisões políticas, econômicas e sociais do Estado.
A organização do movimento está sendo realizada pela Ocupação Cultural Itajaí, grupo criado após a idealização deste evento como uma forma de eternizar as movimentações, que não vão se limitar à Dezembrada Cultural. É formado por cidadãos comuns como Camilo Machado Garcia, 23. O objetivo da manifestação, segundo Camilo, é despertar a consciência crítica e o conhecimento para tornar os cidadãos ferramentas de uma democracia participativa real voltada ao bem comum, tendo em vista que a representativa falhou perante os interesses privativos.
A Dezembrada Cultural vai começar as 9:30h, na Praça Irineu Bornhausen – em frente à Igreja Matriz -, e haverá aulões com o professor de Direito Ambiental, Dr. Renato, Daniel Vasconcelos, de História e Matarezi, que leciona Educação Ambiental. As bandas Pineal, Café Brasilis e Rockabilly Stunts farão versões eletroacústicas, haverá declamação de poesias e pintura ao vivo e prática de Yoga com a professora Rô Pacheco, além de uma assembleia geral para decisões sobre o movimento.
- organização : Grupo Ocupação Cultural Itajaí
- Email/ facebook/ twitter: ocupacultural@gmail.com/ O.c Itajaí/ @ocupacultural